Trump anuncia tarifa de 50% ao Brasil e acende alerta na economia: contador Johnatas Queiroz explica os impactos
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil, caso reassuma o cargo após as eleições de novembro. A proposta, que faz parte de sua política econômica nacionalista, reacendeu debates sobre os riscos para a economia brasileira.
Em entrevista ao portal, o contador e especialista tributário Johnatas Queiroz avalia que a medida, caso implementada, teria impactos significativos em diversos setores estratégicos da economia nacional.
“Essa tarifa compromete diretamente a competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano, que é um dos nossos principais parceiros comerciais. Exportadores de carne, soja, aço e produtos industrializados serão os primeiros a sentir os efeitos”, afirma Queiroz.
Setores mais afetados
O agronegócio, carro-chefe das exportações brasileiras, tende a ser o mais prejudicado. Com a elevação dos custos de entrada nos EUA, muitos produtores podem perder mercado para países concorrentes, como Argentina, Canadá e até mesmo a China.
Além disso, o setor de siderurgia e metalurgia — historicamente alvo de tarifas norte-americanas — também pode enfrentar novas barreiras.
“Se essas tarifas forem aplicadas de forma ampla, a tendência é uma retração nas exportações, redução de produção interna e, consequentemente, perda de empregos em alguns setores”, destaca Queiroz.
Efeitos no câmbio e inflação
Outro ponto de atenção é o impacto no câmbio. A possível queda no superávit da balança comercial brasileira pode pressionar o real, levando à valorização do dólar. Com isso, os custos de importação sobem, o que pode alimentar a inflação.
“Mesmo sendo uma medida ainda hipotética, o simples anúncio gera incertezas no mercado e pode afetar decisões de investimento e política monetária. A economia brasileira é sensível a oscilações externas, especialmente vindas dos EUA”, explica o contador.
Respostas do Brasil
Embora o governo brasileiro ainda não tenha se manifestado oficialmente, especialistas indicam que o país poderá recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) e buscar acordos bilaterais para evitar a implementação das tarifas.
“A
diplomacia econômica precisará agir rápido. É possível mitigar os impactos com
acordos comerciais alternativos, diversificação de mercados e incentivos à
industrialização interna”, conclui Johnatas Queiroz.
Jean Ganso/Assessoria
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