DÜSSELDORF/MONTABAUR - Policiais que vasculharam o apartamento de Andreas Lubitz em Düsseldorf encontraram pistas significativas que indicam que o copiloto da Germanwings sofria de doença psicológica, entre elas documentos indicando a presença dele em tratamento psiquiátrico e notas destruídas de dispensa médica — inclusive para o dia do acidente. No entanto, não se trata de uma carta de suicídio, assim como não foi achada qualquer relação com extremismo religioso.

 De acordo com um comunicado emitido pelos investigadores alemães, o copiloto tinha um atestado médico para não trabalhar no dia do desastre. Ele também teria destruído registros de médicos que indicavam que ele não estava bem o suficiente para o serviço. Não foi informado o teor das condições médicas das quais Lubitz sofria.
"O teor das notas, incluindo a destruída que o daria dispensa para o dia, mostram que ele estaria escondendo a doença de seus empregadores", diz a nota.
Christoph Kumpa, promotor responsável pelas investigações, afirmou a jornalistas que Lubitz escondia uma doença mental.
Preocupado com o andamento das investigações, o premier francês, Manuel Valls, pediu que a Lufthansa (matriz da Germanwings) entregue todos os dados que possua sobre Lubitz para o governo francês.
O CEO da Lufthansa, Carsten Spohr, disse na quinta-feira que Lubitz só foi capaz de voltar a treinar depois de ter tido sua adequação "restabelecida", em 2008. O presidente da Associação de Pilotos da Aviação Civil, Ilja Schultz, pediu que não fossem tomadas "conclusões apressadas sobre o episódio antes da leitura das duas caixas-pretas".

Fonte/Globo.com